"Para dizer as coisas numa palavra, o desaparecimento da guerra do horizonte da nossa história conduziu em todas as sociedades europeias ao desaparecimento da masculinidade e à irrupção da feminilidade. Tentemos compreender. Um homem não é legitimado na sua virilidade senão pela sua função de protecção e de provimento. Do mesmo modo, uma mulher é antes de tudo legitimada pela reprodução e a perpetuação da vida. Oiço os protestos indignados. E contudo vou agravar o meu caso. Nada mudou desde as primeiras sociedades de clãs caçadores. O homem enquanto arquétipo é sempre o Sr. Cro-magnon cuja mulher e os filhos esperam que traga uma corça para o jantar e que proteja o lar contra os ladrões. Quanto à mulher, ela é sempre a Sr.ª Cro-Magnon, que se arranja para receber o seu homem, dá-lhe belas crianças e mantém viva a chama do lar.
Quando falo do masculino em oposição ao feminino, não penso, contudo, em pessoas particulares entre as quais figuram todas as excepções. Penso em valores e arquétipos. Como escreveu de forma ligeira um psicólogo americano que não havia perdido o juízo (John Gray), os homens e as mulheres vêm de planetas diferentes, os homens de Marte as mulheres de Vénus.
No cinema, mundo de arquétipos, o masculino é incarnado por Jean Gabin, Lino Ventura ou Clint Eastwood. Dão-se bem com o conflito e procuram-no. São silenciosos e firmes. São pais autênticos que sabem punir se necessário."
Dominique Venner
in NRH 37, Julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Os homens não conhecem épocas...
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Dominique Venner,
Rodrigo N.P.
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