sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nessun Dolore. O romance da CasaPound


Do nascimento da CasaPound aos confrontos da Piazza Navona, um romance sobre os fascistas do terceiro milénio e a sua grande história de amizade. Flavio e Giorgio, encontram-se pela primeira vez em frente à escola e tornam-se amigos no estádio Olímpico quando Flavio tenta entrar sem bilhete. São filhos de Roma, mas de bairros diferentes. Flavio é do norte da cidade, um bom bairro. O seu futuro está já definido pelos seus pais, bons estudos, um mestrado nos Estados Unidos e certamente um dia um belo lugar na empresa familiar da família. Giorgio, por seu turno, cresceu na Garbatella, um bairro popular, antes de ficar na moda e de ele ser expulso com a sua família. Vai viver, com a mãe e o irmão, para a CasaPound, o edifício que se tornou o coração “negro” da capital. Nesse dia, no entanto, não há diferenças entre eles, são adeptos numa missão e é o começo de uma amizade indestrutível, que vai cimentar-se durante um concerto de Zetazeroalfa. Na CasaPound, viverão no seio de uma comunidade orgânica, regida por regras simples mas estritas (nada de drogas, de armas ou de crime). Empreenderão as suas batalhas, políticas e de rua, lado a lado. Giorgio e Flavio tornar-se-ão os chefes carismáticos do Blocco Studentesco, a organização juvenil da CasaPound nos liceus e nas universidades.

Domenico Di Tullio nasceu em Roma em 1969. É o advogado penalista que defende a CasaPound. Em 2006, publicou o livro «Centro sociali di destra. Occupazioni e culture non conformi» [Centros sociais de direita. Ocupações e culturas não-conformes].

Domenico Di Tullio, Nessun dolore, Il romanzo di Casapound [Nenhuma dor, o romance da CasaPound], 238 páginas, € 16,50. (publicado pela Rizzoli, uma das maiores editoras italianas).

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Repressão da Imprensa na I República


É inaugurada hoje às 17:00 horas no Palácio da Independência em Lisboa a exposição “A Repressão da Imprensa na 1ª República” organizada pela Plataforma do Centenário da República e com o apoio da Causa Real que contará com a apresentação do  jornalista e cronista José Manuel Fernandes.
Esta exposição estará patente todos os dias até ao dia 15 de Outubro, de Segunda a Sexta, e é feita à margem das comemorações oficiais dos cem anos da república portuguesa e também, o que é mais penoso, à margem da investigação oficial sobre os primórdios do regime republicano.
Trata-se da exibição dum conjunto de várias dezenas de quadros que evidenciam existência de um sistema repressivo regular e duradouro, mantido ao longo da primeira república. Durante esse período o regime estabeleceu formas imaginativas, directas e eficazes, de impedir o acesso do público aos textos perniciosos ou nefastos ao regime: o uso o assalto, a apreensão, a suspensão, e até a censura sem fundamento legal de jornais ou artigos foi tão frequente e continuado, que no seu conjunto constituiu um sistema repressivo sólido e consistente. A estratégia era a sustentação de um regime que não aceitava a contestação dos seus fundamentos, e uma classe política que não punha em jogo a sua permanência no poder. É esta a tese da presente exposição que assim se opõe à ciência histórica em vigor.
A entrada é gratuita com oferta do catálogo.