"O nacionalismo é frequentemente assimilado ao fascismo, e este ao nazismo, enquanto que o socialismo nunca é considerado como potencialmente estalinista. A direita é sempre suspeita de «fascismo», enquanto que o comunismo, apesar dos seus erros, é tido como pertencente às «forças do progresso». A venda de um livro nazi suscita veementes protestos (e pode cair na alçada da lei), a de um livro comunista não se presta a nenhum comentário particular. Um velho nazi fica infrequentável para sempre, enquanto que o facto de ter sido comunista não implica nenhuma perda de prestígio nem de estatuto social, mesmo para quem nunca exprimiu arrependimento. O mínimo laço, real ou suposto, com uma ideologia apresentada como tendo, de perto ou de longe, algum parentesco que seja com o nazismo, é uma marca de infâmia indelével que leva à denúnica e ao ostracismo. (...) Pablo Neruda, Bertold Brecht ou Einsenstein são, e com razão, celebrados pelo seu talento. Drieu, Céline ou Leni Riefenstahl, ainda que não vejam negado o seu, continuam envoltos numa aura sulfurosa, que leva a lembrar que «o talento não é desculpa»."
Alain de Benoist
in "Comunismo e Nazismo: 25 reflexões sobre o totalitarismo no século XX (1917-1989)", Hugin Editores (1999)
terça-feira, 13 de maio de 2008
Os malditos
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