sexta-feira, 6 de junho de 2008

Direito à identidade

A inversão dos papéis
Anteriormente, estávamos habituados a apenas considerar o combate identitário como algo próprio de povos não-europeus. Era o eurocentrismo oitocentista a falar. Existia a convicção de que o Velho Continente seria eterno sem que para isso precisássemos de fazer alguma coisa. Actualmente, a realidade é outra. A Europa assiste hoje a uma invasão do seu território por povos que não só não desejam integrar-se, como começam a impor as suas culturas.

Contra a massificação: afirmação.
Aquilo a que hoje chamamos “ocidentalização” é a doutrina vigente da massificação dos povos e das culturas. É um dogma politicamente correcto e, por isso, indiscutível. Quem o questionar será automaticamente considerado “racista”, mesmo apesar de não se considerar superior a ninguém, nem querer aniquilar ninguém. Assim, a única defesa é a afirmação da nossa identidade sem complexos. Devemos poder ter orgulho em ser portugueses e europeus. A defesa da identidade é um direito e um dever de todos os povos. Os europeus não podem ser os únicos a quem este direito é negado. No nosso país assistiu-se, por exemplo, à defesa da etnia maubere em Timor contra uma Indonésia colonizadora e uniformizadora, destruidora da identidade daquele povo. Por que não podem os portugueses e os europeus fazer também esse combate identitário?

Identidade
A identidade assenta, como muito bem teorizou Robert Steuckers, na continuidade. A sua defesa não se faz com um imobilismo conservador, mas eternizando a corrente da qual somos hoje um elo. A identidade é, assim, dinâmica, permitindo a sobrevivência de um povo ao longo da História. No entanto, como afirma Guillaume Faye na obra “Pourquoi nos combattons”: “A identidade étnica e a identidade cultural formam um bloco: a manutenção da herança cultural e o seu desenvolvimento supõem uma proximidade étnica no seio dos povos. (...) O primeiro fundamento da identidade é biológico; sem ele, os dois outros níveis, cultural e civilizacional, não são duráveis. Dito de outra maneira, a identidade de um povo, da sua memória e dos seus projectos assenta antes de tudo sobre disposições concretas e hereditárias. (...) Mas a base biológica não pode por si própria assegurar a perenidade de uma cultura se lhe faltar a vontade do povo e das elites.”

Etnia; cultura; vontade: identidade.

Duarte Branquinho

1 comentário:

Flávio Gonçalves disse...

Tamanha carta de amor à identidade merece uma banda sonora:

"Le Lettere D´Amore" na voz de Roberto Vecchioni, uma homenagem italiana a Fernando Pessoa:

http://www.youtube.com/watch?v=xnslQaGKj44