segunda-feira, 16 de março de 2009

O revolucionarismo caricatural é o inimigo da revolução

«Não são os meios utilizados, mas sim os fins que caracterizam uma organização revolucionária. Os meios, esses, apenas dependem das circunstâncias. O partido bolchevique usou a força da ilegalidade e da violência, ao passo que o partido nacional-socialista, outra organização revolucionária, utilizou os únicos meios legais para conquistar o poder.
O exagero na expressão e as promessas de Apocalipse nunca fizeram o Nacionalismo avançar um passo, pelo contrário. O adversário encontra aí argumentos fáceis, o povo desvia-se dos homens que se apresentam como loucos perigosos, os militantes desencorajam-se ou deformam-se à sua volta. O revolucionarismo caricatural, nos conceitos, nas atitudes e na acção, é o inimigo da revolução. São sobretudo os elementos jovens que devem desconfiar. Vestir um disfarce baptizado de uniforme, confundir o sectarismo com a intransigência, apregoar uma violência gratuita, são práticas características do infantilismo. Alguns encontram aí a exaltação de um romantismo mórbido. A revolução não é um baile de máscaras nem um escoadouro para mitómanos. A acção revolucionária não é a ocasião de escalar ao purismo.»

Dominique Venner
in "Pour une critique positive", 1964.

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