sexta-feira, 29 de maio de 2009

Rivarol, um incrível milagre

O jornal RIVAROL foi lançado em Janeiro de 1951 pelo grupo fundador da revista "Ecrits de Paris", ao qual se juntaram os jovens leões Antoine Blondin, Julien Guernec (François Brigneau) e Maurice Gaït. Como pode um semanário sem publicidade, excluído de subsídios públicos e perseguido pela Justiça pelo seu anti-conformismo e o seu culto da verdade, chegar ao século XXI, quando desapareceram tantos jornais políticos como o socialista "L'Unité" ou o "L'Evénement de jeudi", ou mesmo diários como o "Le Populaire", "Le Matin" ou "Paris-Jour"?

Sem dúvida graças à fidelidade de uma autêntica "dinastia" de leitores a um jornal que há mais de meio século se dedica à batalha contra a impostura, a desinformação, os grandes poderes, pela salvaguarda da memória. Cinquenta e cinco anos de revisionismo a 360 graus que não poupou unhas e dentes a uma equipa (dirigida desde 1983 por Camille Galic) sempre renovada. E sempre temível aos olhos do partido da Anti-França, como testemunha a dúzia de processos lançados nos últimos anos pelo Mrap, LICRA, Liga dos Direitos do Homem e outros lóbis, na tentativa declarada de arruinar este jornal e fazê-lo desaparecer.

Apesar dos processos, sequestros, atentados, incêndios, o RIVAROL resistiu e há quinze anos vê crescer o número de leitores, seja através de venda directa em quiosques ou por subscrições, tudo isto numa época em que a imprensa escrita não pára de perder terreno face a outros meios de informação. Ainda mais impressionante é o facto de o número de leitores não aumentar apenas em França, mas também no estrangeiro, em países não francófonos.

Da Austrália à Finlândia, o RIVAROL é comprado, lido e apreciado. Graças à sua linha polémica, mas também à seriedade informativa, aos desenhos de Chard (os mais mordazes e perseguidos da imprensa ocidental), aos editoriais, às crónicas de Claude Lorne, P.-L.Moudenc e Patrick Laurent, Pierre Vial e Franck Nicolle, aos artigos de Jérome Bourbon, Jean-Paul Angelelli, Grégoire Duhamel, François-Xavier Rochette, Laurent Blancy, Pierre-Patrice Belesta, Petrus Agricola, René Blanc o Jim Reeves que descrevem com devastadora ironia os bastidores da actualidade.

Bem-vindos ao clube dos mal-pensantes orgulhosos de o ser!

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