No passado dia 4 de Outubro, decorreu perto de Paris o maior encontro identitário europeu, a Table Ronde, promovida pela associação Terre et Peuple, que se realizou pela décima quarta vez. Portugal esteve mais uma vez representado por uma delegação de cinco pessoas.
Este ano o tema foi «Pela Reconquista, volta Charles Martel!» e a abertura dos trabalhos foi feita por Pierre Vial, que leu uma mensagem de apoio de Daisy Pirovano, representante da Lega Nord, impossibilitada de estar presente, devido a um acidente natural que atingiu a sua terra, na qual foi recentemente eleita presidente da câmara. Seguiu-se a intervenção do presidente da Terra e Povo, Duarte Branquinho, que fez uma introdução à história do povo português e da Reconquista em Portugal e dos seus exemplos, falando depois das diferenças entre o nosso país e outros países europeus no que toca à questão da islamização, lembrando no entanto a necssidade de se manter vivo o "espírito da Reconquista" e terminando com a importância de uma rede identitária europeia. Teve de seguida a palavra o austríaco Helmut Müller, da associação SOS Heimat, que falou da questão da imigração/invasão no seu país, referindo estudos que prevêem que em 2030 a Áustria tenha 30% de população imigrante, maioritariamente de origem turca, facto ignorado pelos media. Concluiu dizendo que é preciso lembrar aos políticos que devemos "amar a nossa pátria como amamos a nossa família". Terminou a sessão da manhã o conhecido escritor e jornalista Jean-Gilles Malliarakis, que centrou a sua exposição no debate político sobre a entrada da Turquia na UE, tema do seu mais recente livro, publicado este ano pelas Éditions du Trident. Considerando a UE uma "Europa de pequenos homens cinzentos", Malliarakis afirmou que "não há um grande projecto geopolítico na cabeça de Barroso e dos eurocratas. Somos governados por políticos que nos mentem, que não se importam com os seus povos e com a Europa."
Da parte da tarde, a primeira oradora foi Hilde de Lobel, representante do Vlaams Belang, que falou da crescente islamização da Flandres, da necessidade de um combate comum contra a imigração/invasão e contra a adesão da Turquia à UE. Seguiu-se a intervenção de Enrique Ravello, presidente da Tierra y Pueblo, que traçou o percurso do pensamento identitário em Espanha e o trabalho da sua associação no plano cultural e metapolítico, revelando que os múltiplos micro-partidos na "área nacional" têm resultados eleitorais ridículos e que uma esperança surgiu na Catalunha com a Plataforma per Catalunya, que já conseguiu eleitos locais e que se espera venha a eleger pelo menos um deputado ao parlamento catalão. Depois foi a vez de Robert Spieler, delegado geral da recém-constituída Nouvelle Droite Populaire e excelente orador, que cativou a numerosa assistência com a sua intervenção centrada na questão da entrada da Turquia na UE e na situação actual da política francesa. A terminar os trabalhos, como é hábito, falou o presidente da Terre et Peuple, Pierre Vial, que lembrou a Reconquista como evento fundamental da história da Europa e a importância de o dar a conhecer às mais novas gerações. Lembrou os feitos de Charles Martel, citando alguns antigos manuais escolares que contrastam com a ausência de referências nos manuais de hoje. Afirmou que, por isso, "é preciso ensinar às crianças de hoje quem foi Charles Martel e a sua importância na história europeia".Como nos anos anteriores foi montada uma extensa zona de bancas, onde era possível encontrar livros, revistas, música, artesanato, representações de associações, publicações e autores que autografavam as suas obras, e uma zona de refeições. O material da Terra e Povo esteve disponível numa banca conjunta com a Tierra y Pueblo.
Fonte: www.terraepovo.com
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