«Do it yourself» (ou DIY), em português «faça você mesmo», é um termo usado para descrever a criação, alteração ou reparação de algo sem a ajuda de especialistas ou profissionais. A expressão entrou em uso na década de 1950, em referência aos programas de melhoramento que incitavam as pessoas a completar a sua casa de forma independente. Numa época mais recente, o termo DIY ganhou um novo significado, abarcando um largo espectro de actividades. O espírito DIY está associado às correntes internacionais do punk hardcore e do rock alternativo, a estações de rádio piratas e à comunidade zine. O espírito DIY encarna hoje uma alternativa à cultura de consumo moderna baseada na confiança nos outros para resolver necessidades.
O DIY enquanto subcultura começou com o movimento punk na década de 1970. Em vez dos meios tradicionais de chegar ao público, através de grandes editoras musicais, as bandas começaram a gravar por sua iniciativa, manufacturando os álbuns e o merchandising, agendando as póprias digressões e criando oportunidades para bandas mais pequenas. Entretanto, o movimento Zine (abreviação de fanzine ou magazine, publicações amadoras de pequena circulação) tomou a cobertura e promoção da cena punk underground e alterou significativamente a forma como os fãs interagiam com os músicos. As zines tornaram-se uma das principais portas culturais entre a juventude e a cultura DIY, e rapidamente apareceram zines que ensinavam a fabricar t-shirts, posters, zines, livros, comida, etc.
Com a ascenção das corporações multinacionais modernas, a cultura DIY na Europa e na América do Norte tornou-se progressivamente uma ideologia política e social, assumindo dessa forma um imaginário e uma estética próprias. De forma semelhante ao movimento Arts and Crafts no início do século XX, o movimento moderno DIY é visto como uma resposta reaccionária à confiança na produção em massa característica da sociedade industrial moderna. Uma frase geralmente associada à subcultura DIY é «pensar globalmente, agir localmente». Dessa forma, considera-se que o apoio a corporações multinacionais é um incentivo à exploração do trabalho, sendo que a criação de peças individuais ou a compra de bens e serviços feitos localmente representa um boicote a essas organizações.
A cultura DIY não se limita ao artesanato mas extende-se também a outras áreas como os transportes públicos, apoiando o uso de bicicletas e de transportes públicos, e incentivando o uso de veículos eléctricos ou híbridos. Ouvir e colaborar em rádios comunitárias, rádios piratas, assim como assistir e fazer televisão comunitária, evitando a imprensa tradicional repleta de publicidade, também é uma prática comum.
sábado, 28 de novembro de 2009
«Do it yourself»
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