Zentropa«Que faz o Estado?», «Que fazem os responsáveis públicos?», «Que faz a polícia?»...
Aqui estão, as questões que surgem frequentemente na boca dos franceses confrontados com o crescimento exponencial da barbárie urbana e da anemia social. Fazem essas interrogações sem fim, como que para se esquecerem do que não fazem, eles mesmos, para remediar a situação que denunciam, queixando-se dia-a-dia cada vez mais.
É claro que as instituições falham e que os responsáveis públicos se demitem das suas responsabilidades, mas ninguém diz nada se apenas nos contentamos com a constatação destes factos. Como imaginar a prevalência de um tal sistema sem a cumplicidade ou passividade (o que vai dar ao mesmo) de uma larga maioria dos seus membros?
A responsabilidade é tão individual como colectiva.
Cabe ao cidadão fazer respeitar, no seu quotidiano, os imperativos mínimos da vida em comunidade, de recusar os insultos, de defender as vitimas, de se solidarizar face às agressões, de se proteger e revoltar. Em vez de esperar por soluções globais e milagrosas, provenientes de entidades superiores descarnadas que pairam divinamente acima de todos nós, seja a Lei, a Justiça, o Poder, etc...
Se eu não participar e actuar dentro da esfera pública, isto é, acima do interesse individual e na superfície do interesse colectivo, então não terei legitimidade para me queixar. Serei indigno de exigir aos outros a coragem que eu próprio não possuo.
Não pedimos heróis, pedimos Homens.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Aide toi!
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