terça-feira, 3 de junho de 2008

Pequito Rebelo

José Adriano Pequito Rebelo, advogado, publicista e agricultor, foi dos primeiros portugueses a dar-se como voluntário para a guerra civil espanhola, com 44 anos de idade.
Ofereceu os seus serviços às autoridades nacionalistas logo nas primeiras semanas de guerra, a título pessoal. Apresentou-se em Burgos pilotando a passarola, a sua avioneta pessoal. Foi nela que, sem apagar a matrícula civil portuguesa, CS-AAL, foi pintada a cruz de Santo André, negra sobre fundo branco. Na asa esquerda, Pequito Rebelo usava afixado um mapa da Península Ibérica. A passarola era um monoplano de asa baixa, Miles DH Gipsy Majos de 130 CV.
Pequito Rebelo esteve colocado em diversas unidades e aeródromos, desempenhando nos primeiros meses frequentes missões de ligação e transporte, e algumas de reconhecimento, visual e fotográfico. Mais tarde foi 2º piloto do 1-G-22, grupo de bombardeiros pesados, equipado com aviões alemães Junkers Ju-52, realizando várias missões de guerra.
No final da campanha, com o posto de Capitão honorário de Aviação, tinha quase 1000 horas de voo, das quais 400 haviam sido realizadas em missões de guerra, o que lhe valeu várias condecorações.

Antes da guerra civil espanhola, Pequito Rebelo já havia combatido como oficial de artilharia na Primeira Guerra Mundial, incorporando o CEP. Em 1919 participou na tentativa falhada de restauração da monarquia, em Monsanto, onde ficou gravemente ferido.
Após a guerra civil, haveria ainda de integrar, com o seu avião particular e com mais de 70 anos, as "Formações Aéreas Voluntárias" em Angola, durante a Guerra do Ultramar.

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