"Comparar, não quer evidentemente dizer assimilar: os regimes comparáveis não são necessariamente idênticos, mesmo que certos autores o tenham afirmado no caso do comunismo e do nazismo. Comparar significa colocar junto, para as pensar em conjunto sobre um certo número de relações, duas espécies distintas de um mesmo género, dois fenómenos singulares no interior de uma mesma categoria. Comparar não é, também, banalizar ou relativizar. As vítimas do comunismo não apagam mais as vítimas do nazismo do que as vítimas do nazismo apagam as do comunismo. Não nos podemos apoiar nos crimes de um regime para justificar ou atenuar a importância dos crimes cometidos por outro: os mortes não se anulam, somam-se. Que o comunismo tenha sido ainda mais destruidor que o nazismo, não torna o segundo «preferível» ao primeiro, pois a escolha nunca ficou confinada a uma alternativa entre os dois."
Alain de Benoist
in "Comunismo e Nazismo: 25 reflexões sobre o totalitarismo no século XX (1917-1989)", Hugin Editores (1999)
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Comparações (II)
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