"De uma forma ou outra, os descendentes do Iluminismo defendem a abolição das fronteiras, a deterioração e desaparecimento das civilizações e das culturas que fizeram a diversidade do elemento humano. Colocam as suas esperanças na vocação única da humanidade, na difusão de uma mensagem universal e negam o risco de conflito com os que recusam esta mensagem. Não vêem nos homens nada mais que unidades manipuláveis que obedecem a uma só lei, a uma só moral planetária, na sequência de um curso de educação global, de uma pedagogia correctora, ou mesmo de uma homogenização-normalização forçada, se necessário. Segundo eles, a afirmação das identidades colectivas conduziriam quase irresistivelmente ao renascimento dos ódios e das intolerâncias. No entanto, o anti-conformista constata que foi a negação da identidade colectiva, representada durante século XX pelo liberalismo e marxismo, que produziu o seu regresso sob formas patológicas e destrutivas. A procura da identidade, a redescoberta de si através da cultura, a defesa dos grupos, associações, classes, nações, raças e religiões, longe de confinar à barbárie como pretende o hiper-individualismo cosmopolita, constitui de acordo com o pensamento não-conformista a única resposta à modernidade angustiante e desestruturante."
Arnaud Imatz
in "Par delà droite et gauche. Permanence et évolution des idéaux et des valeurs non-conformistes", Paris, Godefroy de Bouillon, 1996
domingo, 6 de julho de 2008
Única resposta à modernidade angustiante
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