«É mentira a democracia, a liberdade, a fraternidade; é mentira o parlamentarismo, a independência dos poderes, a soberania nacional; é mentira a família pervertida pelo divórcio; é mentira a propriedade, assaltada por atributos arbitrários; é mentira a educação, inspirada nas campanhas nefastas de uma imprensa medíocre; é mentira a nossa riqueza, estagnada ou rotineira; é mentira a nossa ilustração feita de farrapos dessas doutrinas, ministrada por professores quase sempre — burocratas sem paixão pelo seu mister, inutilizando, assim, os esforços sadios de uma minoria por demais conhecida — a nossa ilustração que, em vez de técnica, é livresca, em vez de criar utilidades sociais, cria bacharéis decorativos.
Não me perguntem se ainda vamos a tempo de vencer a onda que se desencadeou. Não curo disso. Tratemos de, com tempo ou sem tempo, fazer frente à tempestade. Eu não sou obrigado a triunfar das minhas afirmações: mas sou obrigado a formulá-las, para que outros oiçam. Falo para os que estão comigo e para os que estão do outro lado — para que todos iniciem a acção construtiva, orgânica, positiva, absolutamente indispensável para o levantamento da Nação. Pode ser que, por tardia, ela nada consiga já. Mas temos a certeza de que continuando na orientação dominante — espera-nos a morte.»
Alfredo Pimenta
in «Novos Estudos Filosóficos e Críticos»
quinta-feira, 30 de abril de 2009
É agora!
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