"Pior do que a guerra é as sociedades humanas viverem subjugadas pela violência unilateral de um só grupo, pelo poder dos fortes sem escrúpulos, pelo vício, pela corrupção que não conhece limites, pela negação da verdade, da justiça ou liberdade. Ou seja, pelo domínio do mal e pelo desespero de saber que a paz e a ordem jamais serão restabelecidos. O bem que a paz fomenta nunca poderá ser garantido pelo comodismo pacifista, nem poderá provir da iniquidade de entregar as populações aos caprichos de ideologias ou de ideais perversos."
João José Brandão Ferreira
in "Em Nome da Pátria", Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2009.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Pior do que a guerra...
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Em Nome da Pátria
Em Nome da Pátria
João José Brandão Ferreira
O modo como se processaram as últimas campanhas militares ultramarinas, entre 1954 e 1975, está longe de ser consensual na sociedade portuguesa. Bem pelo contrário, tem-na dividido profunda e transversalmente.
É por isso que, tanto tempo depois, se torna imperioso encontrar consensos baseados na correcta interpretação dos factos históricos e nas verdadeiras intenções dos principais protagonistas do momento. Só assim Portugal poderá construir equilibradamente o seu futuro, com base no que só uma síntese de ilações acertadas a este respeito pode proporcionar.
Em Nome da Pátria aborda os controversos temas da sustentabilidade das operações militares e das razões que levaram à desistência nacional de prosseguir o combate quando, aparentemente, a guerra estava ganha, e, sobretudo, da justiça e do direito do nosso país em fazer a guerra. Tudo não terá passado de uma «grande traição»?
Falamos de questões incontornáveis no panorama da história contemporânea portuguesa, aqui abordadas de um modo muito pouco ortodoxo em relação às ideias que a «história oficial» nos apresenta relativamente a este tema.
Fonte: Livros d'Hoje