terça-feira, 30 de junho de 2009

O Mito do Progresso

"O progresso será sempre um elemento essencial da grande corrente que irá até à democracia moderna, porque a doutrina do progresso permite gozar, com toda a tranquilidade, os bens dos dias que passam, sem preocupações com as dificuldades de amanhã. Ela tinha agradado à antiga sociedade de nobres ociosos; continuará a agradar aos políticos que a democracia eleva ao poder e que, ameaçados de uma próxima queda, querem fazer aproveitar aos amigos todas as vantagens que o Estado proporciona".

George Sorel
in Les Illusions du Progrès, M.Rivière, 1947.

O Hardcore é nosso!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Base 22

Na madrugada de Domingo, a associação CasaPound Itália iniciou a ocupação de um antigo restaurante às portas de Roma, na zona de Grottaferrata. A acção foi anunciada no sítio da CasaPound pelo porta-voz da ocupação Massimo Carletti, que denunciou o estado de total abandono dessa estrutura desde há cerca de 10 anos. A intenção da CasaPound Itália é de restituir aos cidadãos esse espaço social necessário e legítimo.

A nova ocupação de quase 1500 m2 foi intitulada «Base 22», na continuidade da «Area 19», um outro espaço ocupado pela CasaPound Itália na zona Norte de Roma. Para a Base 22 prevê-se um albergue social, uma ludoteca, uma biblioteca, um atelier de artes gráficas e música, assim como espaços destinados a associações de pessoas com deficiências, de doadores de sangue e de defesa dos animais. Perante uma situação de alojamento cada vez mais complicada, é importante levar a nossa acção às portas de Roma, declarou Carletti.

Na manhã de segunda-feira, os representantes da CasaPound Itália pediram um encontro com o presidente da Câmara de Grottaferrata Mauro Ghelfi e com os representantes da autarquia, da província e da região, com o objectivo de dar a conhecer o projecto da nova ocupação e as iniciativas com ele relacionadas. Encontraram-se também com representantes do bairro para discutir os problemas específicos da zona e as soluções que podem ser encontradas através da Base 22.

«A nossa ocupação integra-se perfeitamente nas necessidades deste bairro. Como todas as nossas estruturas, não tencionamos gerar situações de degradação que caracterizam outros tipos de ocupação. A Base 22 e toda a zona de Castelli Romani e da zona Sul de Roma — declarou Massimo Carletti — vão assim voltar-se para o futuro que ninguém poderá negar, o futuro para todos nós, o futuro para o povo».

Fonte: CasaPound Itália

Por uma ajuda concreta à sobrevivência do Povo Karen

As «enérgicas» pressões das organizações internacionais sobre o regime birmanês para que este suspendesse a operação de repressão contra o povo Karen produziram os resultados esperados. Com a habitual total indiferença perante os apelos e recomendações da ONU e do Parlamento Europeu, os generais birmaneses intensificaram as operações militares contra os Karens, dispersando a 7ª brigada do exército de libertação e provocando a destruição de vilas, hospitais e escolas. Mais de 6000 civis foram obrigados a abandonar precipitadamente a zona de combate de Pa-an. Atravessaram o rio Moei a fim de alcançar a fronteira tailandesa e vivem agora em campos de refugiados. As autoridades tailandesas tentam intimidar os refugiados, encaminhando-os de volta para a Birmânia: se voltarem, sabem que serão vítimas do exército birmanês e dos seus cães de guarda, as milícias de narcotraficantes Karens alimentadas pelo regime. Estes últimos, servidores do ocupante, exploram o seu próprio povo, capturando civis com o objectivo de os fazer transportar armas e munições por conta do exércio birmanês. Têm sido registados cada vez mais casos de civis forçados a marchar na frente das colunas de soldados, a fim de «desminar» a estrada fazendo explodir à sua passagem as numerosas minas dissimuladas na selva.

Há alguns dias, durante a ofensiva sobre Pa-an, registaram-se casos de jovens mulheres Karens violadas e assassinadas na vila de Kwee Law Plo por soldados de Rangoon. Naw Pay, de 18 anos, estava grávida de 8 meses. Naw Wah Lah, de 17 anos, era mãe de um rapaz de 6 meses. Os soldados responsáveis por este crime fazem parte do 205º batalhão de infantaria ligeira comandado pelo tenente-coronel Than Hteh e o capitão Kyi Myo Thant. Para 2010, numa encenação democrática, a Birmânia prometeu eleições livres. No entanto, parece claro que a junta militar não pretende abandonar o poder. Torna-se portanto imperativo colocar um ponto final neste regime corrupto, aliado de chineses, israelitas e indianos, assim como de dirigentes de grandes multinacionais ocidentais. Antes de fingir criar uma democracia, tornou-se indispensável destruir as últimas bolsas de resistência que poderiam manchar a imagem de um país que quer, a partir de agora, abrir-se ao mundo por razões económicas. No momento em que desejam o multi-partidarismo, os dirigentes querem primeiro dizimar os Karens.

Mais uma vez, lançamos um apelo ao vosso apoio, a fim de enviar uma ajuda económica concreta aos Karens: cada doação será utilizada integralmente para adquirir produtos de primeira necessidade para os refugiados que foram obrigados a abandonar as suas aldeias. Esse tipo de ajuda constitui uma influência directa sobre a capacidade de combate dos patriotas Karens: não têm que preocupar-se com a ajuda de urgência e podem assim utilizar os seus recursos para resistir à ofensiva birmanesa em curso. A hipocrisia não faz calar os fusis dos ocupantes, nem a infamia dos seus colaboradores. Aqueles que crêem no direito em defender a sua terra, as suas mulheres e as suas crianças, não têm outra escolha senão bater-se.

Fonte: Comunità Solidarista Popoli

domingo, 28 de junho de 2009

Unidade na Acção

"É tempo de vencermos este inimigo interno. Ultrapassemos as nossas divisões. Esqueçamos velhas ofensas. Apaguemos motivos de discórdia. Somos diferentes por temperamento, por estilos, por gostos. Temos defeitos, uns mais, outros menos, uns estes, outros aqueles. Somos humanos, também nas nossas fraquezas e nos nossos erros. Não nos atiremos pedras, mutuamente, e, mesmo que cada qual se julgue melhor, saiba, por generosidade, por compreensão, por sacrifício à utilidade geral, perdoar e calar e esquecer. Não transformemos em ódios sectários as nossas querelas pessoais e os nossos motivos privados, não os carreguemos de forças ideológicas; porque nascem, às vezes, oposições doutrinárias exactamente dessas lutas entre indivíduos ou entre grupos, na exploração especulativa de uma justificação.
(...) Neste momento, lançamos um apelo, e desejaríamos que fosse como um toque de clarim. Chamamos todos a uma colaboração unívoca, a um serviço convergente, na medida das forças, méritos e especialidades de cada um. Seja este jornal um ponto de encontro e um revigorador de energias, possa esclarecer e informar, dinamizar esforços e conduzir a luta. Apuremos a vigilância, acendamos o entusiasmo, mantenhamo-nos juvenilmente vigorosos e criadores, pela autocrítica às deficiências e pela renovação constante. Contra a rotina, contra o acomodamento, contra o desânimo, contra a tecnocracia e o burocratismo, contra a transigência, contra o amen-amen e os penachos e o divisionismo, — saibamos erguer-nos e fazer verdade esta condição de vida: a Revolução Continua!"

Goulart Nogueira
in "Agora", n.º 319, 26.08.1967

A Nova Reconquista

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O Sonho Americano

"O terceiro inimigo é político. Isso é representado pelo vector da oligarquia e da globalização. Enquanto tal este inimigo pode mudar de rosto com o passar dos anos, mas hoje é claramente identificável.
«Para os Estados Unidos, o prémio político mais importante é representado pela Eurásia. Durante cinco séculos, o cenário mundial foi dominado por potências e nações euroasiáticas que se combatiam reciprocamente para conquistar o domínio regional e apontar ao poder global. Hoje, a proeminência na Eurásia é apanágio de uma potência que não é euro-asiática, e o primado global da América está directamente ligado à duração e eficiência da sua supremacia naquela área continental»
Com estas palavras, Brzezinski punha a claro o objectivo estratégico dos Estados Unidos.
Depois disso todas as operações internacionais da Casa Branca apontaram somente a uma coisa: dividir, ensanguentar, estrangular e submeter a região euro-asiática. Já não é possível não o ver, qualquer cidadão de qualquer país euro-asiático está perante uma encruzilhada. Se acredita na liberdade e na independência, se possui um mínimo de dignidade e orgulho, deve ser, antes de tudo, anti-americano. Qualquer que seja a razão que o leve a mitigar ou colocar em dúvida este postulado fundamental faz dele, ao mesmo tempo, um servo e um traidor à sua gente, aos seus antepassados e aos seus descendentes.
Sic et simpliciter."

Gabriele Adinolfi

Sobre Uma Civilização Esgotada

«Aquele que pertence organicamente a uma civilização não pode identificar a natureza do mal que a mina. O seu diagnóstico pouco ou nada conta; o juízo que fizer sobre ela implicá-lo-á; poupá-la-á por egoísmo.
Mais desprendido, mais livre, o recém-chegado examina sem cálculo e apreende melhor as falhas. se a civilização se perder, ele aceitará, se necessário, perder-se também, atestar nela e em si próprio os efeitos do fatum. Remédios, não os possui nem os propõe. Como sabe que não se cura o destino, não se arvora em curandeiro junto de ninguém. A sua única ambição: estar à altura do Incurável...»

Emil Cioran
in A Tentação de Existir, Relógio d'Água, 1988.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Um ano de CasaPound Itália

Ianonne «às quartenta agressões sofridas ao longo dos últimos doze meses, respondemos com a política de acção.»

Dois mil militantes registados e milhares de simpatizantes, sedes em todo o território nacional, 15 livrarias, 20 bares, 8 associações desportivas, uma rádio internet que conta com 25 redacções em Itália e 10 no estrangeiro (www.radiobandieranera.org), uma Web TV, Tortuga TV, que transmite 24 horas por dia, 10 sítios oficiais na internet, uma revista mensal «L'Occidentale» e uma trimestral «Fare Quadrato». Para celebrar todas estas iniciativas e fazer o balanço de um ano de existência, os membros da CasaPound Itália reuniram-se no fim-de-semana passado na Area19, uma das quatro ocupações promovidas pela associação. Em primeiro lugar, depois de um ano de combate da CasaPound Itália, o «Mutuo Sociale», projecto que consiste em simplificar o acesso de numerosas famílias italianas à habitação, foi aprovado por 5 regiões e quase 50 autarquias. Por outro lado, a proposta de lei criada pela associação, «Tempo di essere madri», que propõe completar o salário dos pais que trabalham em part-time, de forma a garantir meios suficientes, está a colher numerosas assinaturas.

Na frente cultural, a associação CasaPound não descansou. Num ano, foram organizadas cerca de 150 conferências. Há pouco tempo nasceu um laboratório de ideias (www.ideodromocasapound.org), tal como uma corrente artística, o Turbodinamismo. Há ainda uma dezena de grupos directamente ligados à CasaPound, assim como um grupo teatral, uma galeria de arte e um círculo cinematográfico, «Akira», que organizará dia 24 de Outubro um festival de curtas-metragens. Na frente escolar, o Blocco Studentesco fez eleger 120 representantes e recolheu 37 000 votos apenas em Roma, enquanto muitas faculdades viram nascer o Blocco Univeristario. Finalmente, apesar da escolha estar implícita nas últimas eleições, a CasaPound Itália conseguiu ainda assim eleger 3 conselheiros distritais em Prato e um conselheiro municipal em Sant'Oreste.

«Foi um ano intenso e os resultados superaram as nossas expectativas — sublinhou Gianluca Iannone, presidente da CasaPound Itália. A começar pela capacidade do Blocco Studentesco em liderar manifestações contra a reforma Gelmini e responder golpe a golpe à violenta campanha orquestrada por uma esquerda histérica por ter perdido o contacto com os estudantes. Foi também a conferência na CasaPound da Valerio Morucci, antigo elemento das Brigadas Vermelhas, que colocou em causa o próprio conceito de antifascismo militante. Por último, foi o empenho com as populações de Abruzzo atingidas pelo terramoto onde, durante dois meses, foi organizado o acampamento de Poggio Picenze. CasaPound foi a primeira associação a socorrer as populações de Aquila e conseguiu recolher toneladas de ajuda. Além disso, recuperámos centenas de livros que em Setembro levarão à criação de uma biblioteca municipal dedicada a Ezra Pound. Tantas boas notícias ensombradas, contudo, pelas 40 agressões registadas ao longo de um ano pelos nossos militantes, dando uma média de 3 ataques por mês. Sublinhamo-lo sem recorrer à vitimização, mas apenas porque é um dado que faz reflectir. Como sempre fizemos até agora, às provocações e à violência gratuita, respondemos com a política concreta, prontos a partir para um novo ano de acção.»

«Uma linha de firmeza e de coerência»

«Muitos dos grandes responsáveis dos tempos que correm, estonteados e desconcertados pelo ambiente da crise, de incerteza, de apreensão, mostram-se, de facto, incapazes de definir um pensamento claro e de manter uma linha de firmeza e de coerência. Fraquejam diante da tormenta que os cerca. Dia a dia, hora a hora, vemo-los oscilar, contradizer-se, desmentir-se. Não têm a coragem necessária para escapar à tirania de velhos mitos desacreditados, nem para traçar, entre os problemas e ameaças do momento o seu caminho. O drama europeu e universal a que assistimos resulta, sobretudo, dessa inferioridade dos grandes responsáveis: — competia-lhes impor-se aos acontecimentos e deixam-se afinal arrastar e dominar por eles..»

João Ameal

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nas Ruas!

Oligarquia

«O segundo inimigo é a oligarquia. Todas as oligarquias, quer se fundem sobre bases ideológicas, religiosas, de interesse, de casta, de classe ou de costume.
A oligarquia alimenta-se do desprezo pelos outros, ela está destinada, inexoravelmente, a degradar o tecido social, a explorar, a cometer injustiças, a relativizar o direito, assegurando-se de toda a espécie de impunidades. A oligarquia acaba fatalmente por justificar a iniquidade da sua acção pela mentira e pela mistificação, publicitadas massivamente e continuadamente.
O conjunto das oligarquias que saíram vitoriosas das duas guerras mundiais constituiu um sistema politico-económico que não é mais que o do Crime Organizado.
Basta pensar que as principais vozes da economia mundial são o narco-dólar, o mercado de mão-de-obra escrava, a extorsão tributária do petróleo…
Não existem oligarquias boas em contraste com oligarquias más. Algumas formulações anti-maçónicas de matriz explicitamente guelfa (fiéis ao Papa) são viciadas e falaciosas.
A alternativa é global: social, existencial e ética.»

Gabriele Adinolfi

Acampamento Identitário 2009

O Acampamento Identitário 2009 terá lugar na região parisiense, dos dias 17 a 22 de Agosto. Realizado no âmbito do ciclo «Revoltas contra o mundo moderno» inaugurado no ano passado, este 7º acampamento será consagrado às revoltas populares parisienses. A partir deste mote central, as temáticas sociais e económicas serão desenvolvidas em diferentes intervenções e conferências. Sob a direcção de Franck Lancier e de Jean-David Cattin, será também a ocasião de assegurar a passagem de testemunho à nova equipa encarregue da organização dos acampamentos de Verão. Como de costume, o campo associará à reflexão e formação política, ateliers práticos, actividades físicas e momentos de comunidade. O acampamento de Verão é um momento privilegiado na vida do movimento identitário, selando a fraternidade e a coesão entre os militantes de primeira linha. Não falhem e marquem já este encontro na vossa agenda.

Fonte: Camp Identitaire

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Universidade de Verão da Associação Terra e Povo

No próximo sábado, dia 27 de Junho, decorrerá em Lisboa a primeira Universidade de Verão da Associação Terra e Povo, que contará com a presença de vários oradores de diversos países. A recepção dos participantes será feita a partir das 10 horas e os trabalhos iniciar-se-ão às 10:30, prevendo-se que terminem às 17:30. As inscrições são limitadas e obrigatórias, devendo ser feitas por correio electrónico ou telefone. O preço é de € 30 e inclui almoço. Associados e estudantes beneficiam do preço reduzido de € 25.

Organização: Associação Terra e Povo

"Somos todos iguais"

«A primeira vez que estive em casa dos homens, pratiquei a tolice que cometem todos os solitários, a grande tolice de me instalar na praça pública.
Dirigindo-me a todos, não me dirigia a ninguém. (...) Mas na manhã seguinte vi brilhar uma verdade nova; aprendi a dizer: «que me importam a praça pública e a populaça e a algazarra festiva e as orelhas compridas da populaça!».
Homens superiores, aprendei comigo esta verdade: na praça pública ninguém acredita nos Homens superiores. E se quereis falar na praça pública, fazei-o; mas a populaça dirá piscando os olhos: "Somos todos iguais."
"Homens superiores — assim fala a populaça piscando os olhos —, não há Homens superiores, somos todos iguais. O Homem é apenas um homem — diante de Deus somos todos iguais!"»

Friedrich Nietzsche
in "Assim Falava Zaratustra", Guimarães Editores (2004)

sábado, 20 de junho de 2009

A nossa grande Pátria comum

«João Ameal alertou, no fim da II Guerra Mundial, para a "deseuropeização" do homem europeu.

No livro de ensaios Europa e Seus Fantasmas, publicado em 1945, o historiador João Ameal escreveu: "O autómato desespiritualizado que nos querem impor hoje e se assemelha muito estranhamente a um robot - nada se parece com um europeu de qualquer época. Nega - ou renega - as tradições europeias. E se se 'deseuropeíza' o homem europeu, a Europa não se salva - perde-se."

Se João Ameal vivesse hoje, escreveria de certeza palavras bem mais alarmadas do que estas saídas da sua pena sob o impacto directo da II Guerra Mundial, que foi também, tal como a que a precedeu entre 1914 e 1918 (e esteve na sua origem directa), uma catastrófica guerra civil europeia, cujas consequências ainda hoje se sentem.

Aquilo a que Ameal chamou a "deseuropeização" do homem europeu tem vindo a acelerar-se nos últimos anos, à medida que se desatam lentamente os laços profundos que unem ainda a comunidade de povos europeus, que se atacam e se esbatem as identidades, tradições e especificidades que a formam, que se ameaça o património cultural e civilizacional partilhado que sustenta a ideia mesma de Europa. E que é a expressão da sua ancestral, convulsa, gloriosa e riquíssima história colectiva, da sua "personalidade metamórfica", como notou Guillaume Faye, e da alma e da memória dos seus povos.

O homem europeu corre assim o risco de ser substituído por essa abstracção descaracterizada, desnacionalizada e desmemoriada que é o "cidadão europeu", lamentável "lixo de teorias simpáticas", recorrendo à feliz expressão com que Fernando Pessoa caracterizou o socialismo e o comunismo (Pessoa que, recorde-se, deixou escrito na Mensagem que a Europa fita o Ocidente "e o rosto com que fita é Portugal").

Este europeu desenraizado, filho e representante de uma Europa cada vez mais alienada de si mesma, será a nova criatura robótica telecomandada dos centros de poder eurocráticos, com o alegre beneplácito e a prestimosa colaboração dos vários governos "nacionais" e das respectivas pseudo-elites, embriagadas pelo optimismo da vulgata da utopia "europeísta" que, tão certo como o Sol nascer e se pôr todos os dias, fará da Europa uma feliz, harmónica, lânguida e multicultural Cucuanha com sede em Bruxelas, de braços abertos a todos os que lhe quiserem pertencer e vierem por bem. Mesmo que nunca tenham tido absolutamente nada a ver com ela, e não faça o menor sentido geográfico, histórico, político ou cultural que nela se integrem.

O historiador francês Dominique Venner escreveu recentemente: "Não há futuro para quem não sabe de onde vem, para quem não tem a memória de um passado que o fez aquilo que é." Estas palavras encontram-se com as de João Ameal. Mas haverá ainda tempo e vontade para que a Europa, a nossa "grande Pátria comum", continue a sê-lo, e para fazer com que os europeus não esqueçam quem são, de onde vieram e aonde pertencem?»

Eurico de Barros
in "Diário de Notícias", 6 de Junho de 2009.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Para grandes males, grandes remédios

Juventude

«A garantia de vida é a renovação. A juventude revigora, mantém a actividade, impele ao descobrimento, ao avanço, ao entusiasmo e ao idealismo. A juventude é como respiração saudável, é confiança e alegria. Quando um organismo está prestes a parar, quando as células vão envelhecer e mirrar-se, quando as pessoas estão cansadas ou descrentes ou lhes apetece retirarem-se para gozar em sossego, quando as inteligências se tornam hipercríticas ou calculistas, então a juventude rompe toda essa bola de banha e levanta o seu grito insubmisso.
A juventude é, no presente, a afirmação do futuro e só por meio dela o passado pode achar vida, acção, alma. Cada época tem de ter a intervenção da juventude, ou, de contrário, o passado e o presente morrerão, submergidos no caos triunfante sobre o que se tornou antiquado e ronceiro. A juventude é a renovação, é a garantia de vida.
Cada geração tem, indispensavelmente, a sua hora. Cultivar a juventude e dar-lhe o lugar e a oportunidade — eis a sabedoria dos velhos, a virtude dos prudentes, a vitória dos sábios.
E o que é juventude? Sempre e sempre é dedicação e vanguardismo, ideal e intransigência, saúde e claridade, fé e luta, irreverência e capacidade de sacrifício, camaradagem e iniciação.
Quem não pensa na juventude, e não entende a juventude, e não se torna jovem — morre, e merece morrer. Implacável, a juventude rebenta o lajedo, os jazigos e os bolores, quebra os vernizes e as máscaras, dispara o seu indómito caminho, com esta ou com aquela cor.»

Goulart Nogueira

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Il Maltese

O bar «Il Maltese» nasceu em Setembro de 2006, enquadrado no «Campo Sportivo Gioventù Italiana del Littorio», situado na via Lusitania. O campo desportivo onde se localiza o bar foi ocupado (evitando a degradação o abandono) pela primeira vez em 1994, e posteriormente em 2000. Desde aí, o local é gerido com o consentimento da administração regional. A estrutura desportiva engloba uma escola de futebol com 250 crianças, um bar e um ginásio com vários desportos. O bar é inspirado em Corto Maltese, uma personagem de banda desenhada criada por Hugo Pratt.

Civilização americana

«Este é o ideal do “self made man”; numa sociedade que perdeu todo o sentido da tradição o ideal de engrandecimento individual estende-se a todos os aspectos da existência humana, reforçando a doutrina igualitária da democracia pura.
Se aceitarmos tais ideias, então toda a diversidade natural tem que ser abandonada. Assim, cada pessoa pode presumir de possuir o mesmo potencial que outra e os termos superior e inferior perdem o seu significado, assim como toda a noção de distância e respeito, já que todos os estilos de vida estão abertos a todos. Frente a todas as concepções orgânicas da vida, os americanos opõem uma concepção mecanicista. Numa sociedade que “começou desde baixo”, tudo tem a característica de ser fabricado. Na sociedade americana as aparências são máscaras e não rostos. Ao mesmo tempo, os proponentes de “American way of life” são hostis ao ideal da personalidade.
A “abertura mental” dos americanos que às vezes é citada a seu favor, é simplesmente a outra face do seu vazio interior. O mesmo sucede com o seu individualismo. O individualismo e a personalidade não são a mesma coisa: o primeiro pertence ao mundo sem forma da quantidade, o outro ao mundo da qualidade, da diferença e hierarquia. Os americanos são a refutação vivente do axioma cartesiano “penso, logo existo”: os americanos não pensam, entretanto, existem. A mentalidade americana, pueril e primitiva, não tem uma forma característica e assim está aberta a todos os tipos de estandardização.»

Julius Evola
in Boletim Evoliano #05.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Pensar além

«Sem dúvida, a experiência do Homem não deixa de ser proveitosa para os legisladores e os políticos, mas o homem ultrapassa sempre, em algum aspecto, as definições com as quais se pretende cercá-lo. Pelo menos o homem de que eu falo. Esse não quer a sua felicidade, como gostais de dizer, quer a sua Alegria, e essa não é deste mundo, ou pelo menos, não o é inteiramente. Sois livres, evidentemente, de só acreditar no homo sapiens dos humanistas, mas mal andaríeis se pretendêsseis dar à palavra o mesmo sentido que eu lhe dou, porque a vossa ordem, por exemplo, não é a minha, a vossa desordem não é a minha desordem — e aquilo a que chamais mal não passa de uma ausência. O espaço vazio deixado no homem como o da marca do sinete na cera. Não digo que as vossas definições sejam absurdas, mas elas jamais nos serão comuns. Porque eu posso utilizar as vossas e vós não vos podeis servir das minhas. Elas permitiram-vos atingir durante algum tempo a grandeza — durante algum tempo, apenas, porque as vossas civilizações desmoronam-se no próprio momento em que as julgais imortais.»

Georges Bernanos
in "Os grandes cemitérios sob a Lua", Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1988.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Inconformista on tour!

A Missão

"Portugal é eterno: a Pátria é uma realidade imposta pela Terra, pelo Clima, pela Língua, pelos Costumes, pela raça e pela História: Nação é uma realidade económica indispensável à vida humana social-económica e política.
É assim que se enuncia o primeiro princípio do nacional-Sindicalismo, princípio basilar, porque é ponto de partida de toda a construção filosófica, política, social e económica, preconizada pelo Movimento nacional-Sindicalista e pela qual se batem os Nacionais-Sindicalistas.
Na vida da Humanidade e na evolução do Mundo, Portugal tem no presente, como teve no passado, uma missão civilizadora a cumprir, missão imposta pela afirmação nunca desmentida das suas energias vitais e rácicas, missão justificada pela Obra admirável que as gerações do passado realizaram e legaram às gerações de hoje que a continuam e que as gerações do futuro completarão."

António Tinoco
in "A Revolução Nacional dos Trabalhadores", Edições Falcata.

sábado, 13 de junho de 2009

A economia triunfa em toda a linha

"A proclamação solene dos direitos do «Terceiro Estado» em França constitui a etapa decisiva a que se seguem as variedades da «revolução burguesa», ou seja, exactamente da terceira casta, a que servem de instrumento as ideologias liberais e democráticas. Paralelamente, é característica desta era a teoria do contrato social: como vínculo social agora já nem sequer se encontra uma fides de tipo guerreiro, ou seja, relações de fidelidade e de honra. O vínculo social reveste-se de um carácter utilitário e económico: é um acordo assente na conveniência e no interesse material — o que só um mercador pode conceber. O ouro serve de intermediário e quem dele se apossar e souber multiplicá-lo (capitalismo, finanças, trusts industriais) por detrás da fachada democrática controla virtualmente também o poder político e os instrumentos que servem para formar a opinião pública. A aristocracia cede o lugar à plutocracia; o guerreiro, ao banqueiro e ao industrial. A economia triunfa em toda a linha. O tráfico de dinheiro e a agiotagem, outrora confinada nos guetos, invadem toda a nova civilização. Segundo a expressão de Sombart, na terra prometida do puritanismo protestante, com o americanismo e o capitalismo, não vive mais que «espírito judaico destilado»."

Julius Evola
in "Revolta Contra o Mundo Moderno", Publicações Dom Quixote (1989)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Atentado incendiário à CasaPound em Bolonha

"Um atentado cobarde cuja mão é desconhecida apenas a quem não quer ver." Gianluca Iannone, presidente de Casapound Italia, comenta o ataque incendiário levado a cabo dia 4 de Julho às cinco da madrugada contra a sede de Bolonha da associação por si presidida. "No interior do local estavam Alex Vigliani, responsável por Bolonha de Casapound Itália, e a sua companheira, grávida. Só a sorte determinou que conseguissem sair antes que o fumo invadisse o interior com consequências que nem sequer queremos imaginar. "Em Bolonha – continua Iannone – está a ser levada a cabo, há já um ano, um contínuo ataque à nossa associação. Ataques verbais, agressões, intimidações, danos vários e agora até atentados incendiários. Tudo isso com o absoluto e culpável silêncio das instituições. "Sabemos bem que os responsáveis por esta política de cariz mafioso gozam do apoio institucional de representantes autárquicos e de freguesia. Tudo isso não pode ser mais tolerado". "Pedimos – conclui Iannone – que as instituições de Bolonha, com o presidente da câmara demissionário em primeiro lugar, e os candidatos à presidência da câmara nas eleições autárquicas em curso, tomem uma posição imediata de condenação e apresentem provas concretas de solidariedade, visitando e testemunhando com os seus próprios olhos o resultado da política promovida por quem concebe a infâmia e a cobardia como estilo de vida".

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Que maldição atingiu o Ocidente?

«Que maldição atingiu [o Ocidente] para que, ao final do seu desenvolvimento, só tenha produzido esses homens de negócios, esses comerciantes, esses trapaceiros de olhar nulo e sorriso atrofiado que se encontram por toda parte, tanto na Itália quanto em França, tanto em Inglaterra quanto na Alemanha? É essa gentalha o resultado de uma civilização tão delicada, tão complexa? Talvez seja preciso passar por isso, pela abjecção, para poder imaginar um outro género de homens.»

Emil Cioran
in "História e Utopia"

Portugal, Nação Valente e Imortal

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Luís Vaz de Camões

É pouco o que se sabe de Luís Vaz de Camões, e esse pouco é, ainda assim e na maioria dos casos, duvidoso. Terá nascido em Lisboa por volta de 1524, de uma família do Norte (Chaves), mas isto não é certo. Quem defende esta tese atribui-lhe como pai Simão Vaz de Camões e como mãe Anna de Sá e Macedo.
Viveu algum tempo em Coimbra onde terá frequentado aulas de Humanidades, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, já que aí tinha um tio padre. No entanto, embora a existência desse tio, D. Bento de Camões, esteja documentada, não há qualquer registo da passagem do poeta por Coimbra. Foi provavelmente aí, afirmam os estudiosos da sua vida, que terá adquirido a grande bagagem cultural que nas suas obras demonstra possuir.
Regressou a Lisboa, levando aí uma vida de boémia. São-lhe atribuídos vários amores, não só por damas da corte mas até pela própria Infanta D. Maria, irmã do Rei D. Manuel I. Em 1553, depois de ter sido preso devido a uma rixa, parte para a Índia, e este é um dos poucos factos da sua vida que os documentos corroboram. Fixou-se na cidade de Goa onde terá escrito grande parte da sua obra. Enquanto esteve no Oriente, participou em expedições militares e passou ainda algum tempo em Macau.
Regressou a Portugal, mas pelo caminho naufragou na costa de Moçambique e foi forçado, por falta de meios para prosseguir a viagem, a ficar aí. Foi em Moçambique que seu amigo Diogo do Couto o encontrou, encontro que relata na sua obra, acrescentando que o poeta estava então "tão pobre que vivia de amigos", ou seja, vivia do que os amigos podiam dar-lhe. Foi Diogo do Couto quem lhe pagou a viagem até Lisboa, onde Camões finalmente aportou em 1569.
Pobre e doente, conseguiu publicar Os Lusíadas em 1572 graças à influência de alguns amigos junto do rei D. Sebastião.
Quanto à sua obra lírica, há diferentes edições de "líricas" camonianas e não há completa certeza quanto à autoria de algumas das peças.
Faleceu em Lisboa no dia 10 de Junho de 1580.

10 de Junho

Dia de Portugal, de Camões, da Raça e das Comunidades Portuguesas.

terça-feira, 9 de junho de 2009

10 de Junho: Desfile do dia de Portugal

O Partido Nacional Renovador anunciou que, como vem sendo habitual, vai realizar uma manifestação para assinalar o Dia de Portugal, que se celebra oficialmente a 10 de Junho, e cujo feriado este ano calha numa quarta-feira.
O início da manifestação tem hora marcada para as 16h, no Largo Camões em Lisboa, seguindo-se um desfile até à Praça dos Restauradores, local onde estão previstos discursos por parte dos organizadores.
Para o Presidente do PNR, José Pinto-Coelho, "o facto do PNR ser o único partido português que organiza uma manifestação patriótica, no Dia de Portugal, é sintomático da forma como os partidos do sistema tratam não só o nosso país mas o nosso povo, do qual apenas se lembram para pedir votos".
"Quando há eleições, todos eles aparecem a fazer apelos cínicos e hipócritas aos portugueses, mas só o PNR se preocupa verdadeiramente não só com o nosso passado, mas também com o presente e, sobretudo, com o futuro de Portugal e dos Portugueses", afirma Pinto-Coelho.

10 de Junho: Encontro da associação Terra e Povo

Encontro da Associação Terra e Povo.
Mais informações: terraepovo@gmail.com

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Viva a Morte!

"Recusai-vos! Por regra, não acrediteis nos que estão vivos. Eles souberam adaptar-se ou aceitar a mediania e a fraqueza; tornaram-se homens maduros ou chegaram à idade viril, no meio de uma sociedade apodrecida ou eunuca; eles pensam em movimentos e forças económicas, nas habilidades para ser aceites ou nos lugares que vão ocupar. Recusai-vos a tudo isso. Escolhei os que se tornaram jovens, vivos, eternos, pela morte. Escolhei os que foram assassinados ou morreram nas diversas formas de combate, dando testemunho da vida. Escolhei o caminho difícil e insubmisso contra esta maioria que detém os poderes do dinheiro, da propaganda, dos estados gigantescos e dos partidos às claras ou ocultos, mas todos eles subsidiados largamente e beneficiados pela corrente opinião fabricada. Tudo isso, de um ou outro lado, faz acenos e alicia os jovens. É tão fácil! Mas não! Que firme e ardente alegria nos pode encher a alma e erguê-la, mesmo que seja alegria amassada e transmutada com lágrimas, raiva, derrotas, solidão, cansaço, melancolia! Que consciência de sermos fortes, no íntimo de cada um, de nos termos conquistado essa força, oh!, quanta insolência e heroicidade e orgulho, afirmados, simplesmente, com a simplicidade dos que se fizeram livres pelo espírito! Recusai-vos aos vivos, esses gordamente faladores de economia ou de nacionalismo de trazer por casa, recusai-vos aos moderados e aos instalados, aos pescadores de águas-turvas, que com voz grave e bem-falante discorrem em favor da «liberdade». Escolhei os que na morte irradiam vida, pois estes morrem por vós."

Goulart Nogueira

in "Tempo Presente", n.º 11, Março de 1960.

A Lição do "Engenheiro"

«Tens o golpe de vista bem fundo para veres que na política por via da regra a mediocridade é que triunfa. Os que podem projectar sombra, esses arredam-se, votam-se ao ostracismo. Mas a vitória consegue-se com abdicação de todo o escrúpulo, com sacrifício das ambições mais puras.»

António Sardinha
in "Correspondência de António Sardinha"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vota PNR!

Natureza e Cultura

«O homem é, portanto, um animal portador de cultura, e é esse elemento que o distingue dos outros primatas sociais. Estes, embora na posse de tradições (ver Lorenz, Schaller, Marais), nunca se revelaram capazes de as dinamizar com inventos, transmitindo e acumulando nas suas sociedades hierarquizadas as descobertas dos génios individuais. Como explica Konrad Lorenz, só a tradição humana é cumulativa, o que possibilita o progresso do conhecimento e o aperfeiçoamento constante do aparelho cultural face à realidade. Daí que qualquer retrocesso neste processo de adequação das sociedades ao meio se deva entender como uma involução perigosa para a humanidade.

É por isso que os movimentos inspirados nas palavras de ordem de Jacob Rousseau, ao propagar que o homem é originalmente bom e ao ver na cultura o vector da corrupção, não veiculam mais que um romantismo perigoso. Os grupos que levaram à prática tais ideias, isolando-se em ilhas afortunadas e afastando conscientemente toda a capa cultural, acabaram caçando-se uns aos outros (ver "El Mono Vestido", Nácher, Rotativa). O regresso à Natureza, ao paraíso perdido, onde o homem livre da influência perniciosa da civilização (cultura) levaria uma vida pacífica e alegre, não passa de um dos elementos mais conhecidos da mitologia romântica do século XIX, expoente de uma espantosa ignorância antropológica e de um preconceito sem tempo: a ideia de que o homem se faz de fora para dentro. Ora a Genética prova que o homem se faz de dentro para fora, bem como a Etologia e a experiência mística documentada. Sem cultura, como põem em evidência as investigações de Robert Broom e de Raymond Dart na savana sul-africana e da família Leakey no Quénia, o homem nem sequer chegaria a ter o peso civilizacional do homem-macaco (australopiteco), uma vez que estes ascendentes do homo sapiens já tinham uma cultura material e espiritual: viviam em sociedades territoriais hierarquizadas, praticavam a caça comunitária, comunicavam-se por um código grupal e usavam armas. A sua Cultura de Seixos, como foi designada, permitiu-lhes sobreviver no meio natural, onde a concorrência com os grandes predadores e outros grupos de hominídeos exigia o aperfeiçoamento contínuo do aparelho cultural.»

António Marques Bessa

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Hoje a guerra é outra

Ousar!

«Vittorio Veneto e a chegada do Fascismo ao poder constituem a realização do programa mínimo do Futurismo. Este programa mínimo propugnava o orgulho italiano, a confiança ilimitada no futuro dos italianos, o heroísmo quotidiano, o amor do perigo, a violência reabilitada como argumento decisivo, a religião da velocidade, da novidade, do optimismo e da originalidade, a chegada dos jovens ao poder contra o espírito burocrático, académico e pessimista».

Filippo T. Marinetti

terça-feira, 2 de junho de 2009

Portugal não é um acaso

«A existência da Pátria não é apenas um fenómeno sentimental, do acaso ou de inércia. A realidade Pátria é um facto natural, é um facto por nós considerado como indiscutível depois de analisadas as bases científicas em que assenta a sua existência real e necessária.
Afirmamos que a Pátria se impõe pela Terra, pelo Clima, pela Língua, pelos Costumes, pela raça e pela História e afirmamos, ainda, que a nação se impõe como uma necessidade primordial à vida social-económica e política dos homens.»

António Tinoco
in "A Revolução Nacional dos Trabalhadores", Edições Falcata.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Does it ring you any bell?

«O que se sabe é que o craque da Bolsa desencadeou outro circuito de realimentação poderoso e destrutivo. Muitas acções sobrevalorizadas tinham sido adquiridas a crédito. Quando o preço de muitas acções desceu a pique, os bancos possuíam garantias em acções que valiam muito menos do que o dinheiro que tinham emprestado às pessoas para as adquirirem. Não foi só a Bolsa que arruinou os bancos (a queda nos valores dos bens imobiliários e de outras garantias também desempenhou o seu papel), mas, em 1934, 11 000 bancos tinham falido ou sido obrigados a fundir-se, o que representou uma redução de 40% no número de casas bancárias (25 000 para 14 000).»

James Howard Kunstler
in "O Fim do Petróleo - O Grande Desafio do Século XXI", Bizâncio, 2006.